Animais de Estimação Fazem Mal aos Bebês? Saiba Tudo!
Atualizado 22 de julho 2021
Um bebê e um animal de estimação são capazes de alegrar qualquer ambiente e, juntos, conseguem contagiar ainda mais. Mas será que os dois podem conviver no mesmo local sem problemas? Descubra tudo o que você precisa saber neste artigo!
Contrariando o pensamento de muitas pessoas, no geral, não há problemas na convivência entre um bebê e um animal de estimação. Muito pelo contrário, os bichinhos podem até contribuir para o desenvolvimento da criança e oferecer outros benefícios. Mas deve-se deixar o ambiente seguro e confortável para os dois.
Nesses casos, também não dá para descartar pequenos riscos que podem surgir no meio do caminho, mas com jeitinho, treino e aprendizado de ambas as partes, a harmonia pode reinar entre eles e surgir uma linda amizade, longe de medos ou perigos.
Animais de estimação podem fazer mal ao bebê?
De maneira geral, os animais de estimação não fazem mal ou apresentam riscos diretos aos bebês só por estarem no mesmo ambiente. Inclusive, algumas pesquisas apontam que os animais podem ser peças importantes para o bom desenvolvimento físico e emocional das crianças.
Uma pesquisa realizada em 2017 pela Universidade de Alberta, no Canadá, por exemplo, apontou que ter um cachorro na vida de um bebê pode reduzir possíveis doenças alérgicas e obesidade.
A teoria dos pesquisadores é que as crianças com pet em casa criam imunidade precoce após o contato desde cedo com duas bactérias associadas a menores riscos de apresentarem problemas alérgicos e ganho excessivo de peso.
Porém, isso não quer dizer que as mamães e os papais não precisam ficar atentos e de olho na relação que os dois andam tendo. Afinal, os animais podem se sentir enciumados com o novo membro da família e os bebês podem ir atrás dos pets por curiosidade e acabar colocando a mão em partes erradas ou incômodas.
Os pelos dos gatos fazem mal ao bebê?
Essa é uma das preocupações de muitas mulheres que estão grávidas e têm um gatinho em casa. Mas a resposta é não. Geralmente, os pelos dos gatos em si não fazem mal à criança. Mas o seu bichinho precisa ser bem cuidado, vermifugado, vacinado e estar com a higiene toda em dia.
Infelizmente, pode acontecer de o bebê ter alergia à proteína presente na língua dos gatos que pode desencadear reações alérgicas. Porém, antes de afirmar o que motiva a alergia no seu filho, é preciso consultar um médico e fazer exames que apontem a causa. Pois há grandes chances de não ser por causa dos bichanos.
De qualquer forma, com um novo integrante na família, é necessário mais do que nunca que o seu gato vá ao veterinário com frequência e esteja com todos os cuidados em dia. E nunca abandone o seu animal por medo de que ele faça mal ao pequeno.
Benefícios dos animais de estimação às crianças
Como dissemos, os animais de estimação têm muito a oferecer quando convivem com as crianças desde pequenas. Além de serem considerados amigos carinhosos e leais, eles podem ser muito mais do que isso, oferecendo vantagens até para a saúde.
Separamos alguns dos benefícios que os pets podem trazer para as crianças durante o convívio:
- A comunicação não verbal dos bebês é estimulada, já que os animais não se comunicam pela fala;
- As crianças podem criar uma imunidade precoce em alguns casos, pois têm contato com alguns micróbios e bactérias desde muito cedo;
- Durante a relação com os animais, as crianças realizam várias vezes a mesma atividade, o que resulta no aperfeiçoamento de habilidades motoras;
- Desde bebês, os pequenos aprendem a conviver, ter afeto e respeitar animais e outros seres vivos;
- Enquanto brincam, correm e se divertem com os pets, as crianças praticam atividades físicas;
- Os pequenos desenvolvem noções de responsabilidade e habilidades sociais desde novos, uma vez que os animais de estimação não são totalmente independentes e precisam de interação, afeto e ajuda para realizar algumas tarefas.
Cuidados a serem tomados com o animalzinho
Com a chegada do bebê, o animal não deve – de forma nenhuma – ser descartado. Porém, algumas mudanças e cuidados precisam ser implementados na rotina do pet e da família a partir de então.
Selecionamos alguns dos principais cuidados que devem ser tomados quando se tem um animalzinho e um bebê em casa:
- Leve o seu pet com frequência ao veterinário, principalmente se ele apresentar algum sintoma ou doença;
- Não permita que o animal ande sozinho pelo quarto enquanto o bebê dorme;
- Dê banho no seu pet semanalmente e coloque a vacinação em dia;
- Observe as partes do corpo do animal que a criança toca – muitas vezes, elas podem puxar o rabo, as orelhas, beliscar e acabar machucando-o;
- Não deixe o pet subir na cama do pequeno, principalmente quando ele estiver lá;
- Analise o comportamento do seu animalzinho, pois pode ser que ele demonstre ciúmes ou queira brincar de forma grosseira com a criança, resultando em um arranhão ou mordida inesperada;
- Não permita que o seu animal de estimação lamba, pule ou coloque as patas sobre o corpo do bebê para não machucá-lo.
Dicas para uma interação segura
Por fim, é sempre bom destacar algumas dicas que contribuem para que as primeiras interações entre o animal de estimação e o bebê sejam seguras, sem medos e sem reações de ciúmes por parte do pet.
Confira algumas orientações para colocar em prática antes, durante e depois da apresentação do seu filho e do animalzinho:
- Conheça bem o seu animal: Saiba quais serão as possíveis reações dele com o novo integrante da família – reparar se ele é dócil com outras crianças pode te ajudar a desvendar a personalidade dele e planejar como deve ser as interações iniciais;
- Comece os treinamentos antes da chegada do bebê: Um bom exemplo é: se ele subia na cama e não vai mais poder fazer isso, comece a treiná-lo o quanto antes;
- Familiarize antecipadamente: Se preferir, leve uma roupinha da criança até o animal para que ele já comece a se acostumar com aquele cheiro;
- Permita uma aproximação cautelosa: Sem medo, permita que o animal chegue perto da criança enquanto ela estiver em seu colo, cheire e, aos poucos, se familiarize com ela;
- Compartilhe momentos com os dois: Não dê atenção ao pet somente quando o bebê não estiver no cômodo, pois isso pode motivar ciúmes e parecer que a criança é a responsável pela falta de atenção a ele;
- Não forçe nada: Inevitavelmente, uma hora ou outra, o contato vai acontecer, mas você não deve forçar uma aproximação entre os dois – deixe que tudo flua naturalmente, sem fazer pressão em nenhuma das partes.