Moleira do Bebê: Tudo Que Você Deve Saber e Como Cuidar

Nathália Martins
Nathália Martins
Atualizado 18 de agosto 2021

O crânio de um bebê, logo após o nascimento, ainda não está totalmente fechado, e a região "mole" entre os ossos, popularmente conhecida como moleira, pode assustar algumas pessoas. Quer saber quais cuidados são necessários com a cabeça do recém-nascido? Nós te contamos!

Todo bebê recém-nascido apresenta duas regiões mais macias no crânio. As famosas moleiras nada mais são do que suturas entre os ossos e fecham com o tempo. Embora sejam frágeis e intimidem pais de primeira viagem, os cuidados são simples, como não apertar e cuidar na hora do banho.

Para entender melhor o que é a moleira e como cuidar dessa parte sensível do corpo do bebê, continue lendo este artigo. Nele, nós te contamos tudo o que você precisa saber para garantir a segurança do seu filho!

O que é a moleira do bebê?

Como adiantamos, a moleira, cujo nome científico é fontanela, é uma região de sutura entre os ossos do crânio. Com o tempo, a moleira desaparece e surge um osso no local.

O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que um bebê recém-nascido tem, na verdade, duas moleiras, uma na parte mais anterior da cabeça e outra na parte posterior.

Embora existam duas fontanelas no crânio de um bebê, a da frente é a que mais preocupa, por ser maior, mais macia e, portanto, mais delicada.

Por que os bebês têm moleira?

Todo bebê nasce com moleira, e isso é super normal. Embora possa parecer estranho, a presença das fontanelas na cabeça de um bebê fazem todo o sentido, principalmente por duas razões.

A primeira diz respeito ao parto. Com o crânio sem estar inteiramente fechado, o nascimento se torna mais fácil, já que os ossos da cabeça do bebê conseguem ter certa movimentação e não correm o risco de serem muito pressionados pelo canal vaginal da mãe.

O outro motivo se refere ao desenvolvimento anatômico natural do recém-nascido. As moleiras permitem que o desenvolvimento cerebral aconteça com mais facilidade, pois possibilitam que o órgão cresça e, por conseguinte, as funções cognitivas se desenvolvam.

Quando a moleira do bebê se fecha?

Cada fontanela do bebê se fecha em um determinado momento. Por ser menor, a posterior se fecha em cerca de dois a três meses. Por isso, muita gente nem sabe que existe uma moleira na parte de trás da cabeça de um recém-nascido.

A fontanela anterior, por sua vez, leva mais tempo para fechar, até por ser maior. Embora não tenha uma data exata para a sutura ser substituída por um osso, o processo todo costuma se concluir entre 12 e 18 meses de vida.

Como cuidar da moleira do bebê?

A fontanela anterior, por ser mais macia e levar mais tempo para fechar, é a que mais desperta preocupação nos adultos. Apesar da região realmente ser sensível e acabar intimidando algumas pessoas, os cuidados são relativamente simples e até bastante óbvios.

Antes de tudo, é necessário desmistificar a ideia de que não se pode tocar na moleira de um bebê. Na verdade, o bebê pode receber carinho no corpo inteiro, desde que seja de forma delicada.

O que não deve ser feito, de forma alguma, é exercer pressão no local. Ou seja, na hora de acariciar a cabeça do bebê ou mesmo de dar banho, o cuidado mais importante é não apertar a moleira.

Atenção à altura da moleira

Assim como com todo o resto do corpo do bebê, os pais devem prestar atenção às alterações que podem surgir na moleira. Em relação à altura, é importante se certificar de que ela não está afundada e nem abaulada.

A moleira pode ser naturalmente mais baixa do que o restante do crânio, mas quando ela está mais funda que o normal, é necessário se certificar de que o bebê não está desidratado. Por ser composta por líquidos, a fontanela pode acabar "descendo" em uma situação de desidratação.

Já em uma situação na qual o bebê está chorando ou mesmo deitado, é normal que a moleira fica um pouco saltada. Mas se a fontanela estiver abaulada com o bebê sentado, por exemplo, pode ser necessário levar a criança a um pediatra.

As causas da moleira alta podem ser várias, como hidrocefalia, infecções, aumento da pressão cerebral e até excesso de vitamina A. O importante é não se desesperar com a situação e levar o bebê a um pediatra para que ele possa avaliar a saúde do seu filho.

Dicas de cuidados com a moleira do bebê

Como dissemos, o principal cuidado com a moleira de um bebê deve ser para não apertá-la. Embora pareça simples, algumas situações no dia a dia podem causar pressão na fontanela sem que os pais percebam.

Para facilitar a sua vida, entretanto, nós exemplificamos situações que devem ser evitadas ou observadas para garantir o desenvolvimento saudável do bebê.

  1. Ao dar banho no bebê, deve-se ensaboar e enxaguar a cabeça com cuidado;
  2. É fundamental tocar na cabeça do bebê com frequência, até para que você saiba como é a anatomia normal da fontanela e consiga identificar qualquer alteração que necessite dos cuidados de um médico;
  3. Para os pais de meninas, o ideal é evitar acessórios de cabeça – principalmente faixas e tiaras – que possam exercer pressão sobre a moleira.

Como você pôde perceber, cuidar da moleira de um bebê não é nenhum bicho de sete cabeças e os cuidados são simples e facilmente incorporados pelos pais no cotidiano.

Se notar algo estranho, leve o bebê ao pediatra

Por fim, como para qualquer outro problema que pode surgir com o corpo do seu bebê, não hesite em levá-lo a um pediatra se notar algo de diferente.

É importante que você não medique o seu filho em casa e nem se desespere com a situação, já que muitas vezes coisas que são facilmente tratadas podem acontecer com o seu bebê.

Além disso, outro fator importante a ser observado diz respeito ao fechamento da moleira, que não deve acontecer muito cedo e nem muito tarde. Se você notar que a fontanela do seu bebê fechou bem antes da hora (por volta dos 12 meses) ou está demorando demais para acontecer (até os 18 meses), comunique o pediatra para que ele avalie a situação.


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