Colar de Âmbar: Para Que Serve? É Perigoso? Saiba Tudo!
Atualizado 02 de setembro 2021
Muitas mamães recorrem ao colar de âmbar para beneficiar a saúde dos filhos e diminuir o desconforto em algumas situações. Mas será que ele realmente cumpre com o efeito esperado? Nós separamos tudo o que você precisa saber sobre o acessório.
Algumas pessoas acreditam que, quando está na pele, o colar de âmbar libera ácido succínico. Esse ácido possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas e, por isso, alivia cólicas, diminui os desconfortos do nascimento dos dentes e estimula o sistema imunológico. Porém, existe o perigo de sufocamento ou de o bebê engolir as pedrinhas.
Outro ponto muito importante sobre o colar é que não existe comprovação científica para a sua eficácia, a maioria dos benefícios são relatados por pessoas que fazem ou já fizeram o uso. O fato é que os relatos apontam pontos positivos e negativos, e você precisa analisá-los bem antes de comprar para o seu filho.
O que é o colar de âmbar?
Como o nome já indica, o colar de âmbar é feito a partir de pedrinhas de âmbar, uma resina fóssil de origem orgânica produzida por árvores pré-históricas que cresceram ao redor do Mar Báltico, na Europa.
Depois de diversos fatores geográficos (tempestades, furacões e granizo) na região, as resinas foram levadas para o mar e hoje são extraídas por meio de mineração e pesca.
O âmbar virou acessório há décadas pois acredita-se que, quando entra em contato com a pele, ele libera ácido succínico. Por sua vez, as propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e imunoestimulantes do ácido são o que transformam o colar em um objeto terapêutico que oferece benefícios à saúde.
E embora os bebês e as crianças sejam os principais usuários do colar, alguns adultos também utilizam e acreditam que os benefícios são efetivos em pessoas de todas as idades.
Benefícios do colar de âmbar
Apesar de não haver comprovação científica, algumas pessoas defendem que, graças ao ácido succínico liberado quando o âmbar entra em contato com a pele, o colar pode proporcionar uma série de benefícios. Dentre os principais estão:
- Age como anti-inflamatório e analgésico natural;
- Minimiza o desconforto no período da dentição;
- Alivia cólicas;
- Fortalece o sistema imunológico;
- É um excelente calmante;
- Ajuda a minimizar o estresse e ansiedade;
- Tem ação antioxidante;
- Auxilia no tratamento de dores de ouvido, garganta e estômago.
O colar de âmbar é perigoso?
Por mais que pareça um acessório inofensivo, o colar de âmbar pode ser bastante perigoso, principalmente para os bebês, que fazem parte do público-alvo. O principal risco é a falta de comprovação científica, já que não há nenhum estudo que confirme a real eficácia ou os possíveis riscos do objeto.
Outra preocupação são as pedrinhas que compõem o colar. Elas podem acabar se soltando e despertando o interesse da criança em colocá-las na boca. Esse é um dos principais motivos para que membros da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desaconselham o uso do acessório.
Além disso, ainda existe a possibilidade de o colar causar enforcamento ou de contaminar as crianças com bactérias e machucar a gengiva se, longe da supervisão de um adulto, ele for colocado na boca.
Cuidados ao usar o colar de âmbar
Entretanto, se mesmo com os riscos existentes você optar por utilizar o colar de âmbar no seu filho, há alguns cuidados que devem ser tomados para não prejudicar a saúde da criança ou causar graves acidentes.
Separamos algumas atitudes essenciais para fazer o uso seguro do colar:
- Na hora da compra, certifique-se de que o colar de âmbar é realmente verdadeiro. O motivo é simples: além de não proporcionar os benefícios esperados, um colar falso é mais frágil e pode romper com mais facilidade;
- Ao colocar o colar na criança, confira se ele não está muito solto ou também muito apertado e se não oferece riscos de enforcamento;
- Nunca permita que o pequeno durma com o colar no pescoço. Durante o sono, ele pode se mexer e acabar se sufocando. Se preferir, nesses momentos, coloque-o no tornozelo;
- Fique atenta e supervisione o bebê enquanto estiver com o colar, assim, as chances de as pedrinhas se soltarem e irem parar na boca são bem menores;
- Para evitar desgaste, retire o acessório na hora do banho;
- O ideal é não deixar o colar apertado e nem folgado. Por isso, aposte em tamanhos aproximados de 32 cm a 33 cm para bebês e de 36 cm a 38 cm para crianças com mais de três anos;
- Não facilite a abertura do colar. Opte por fecho de pressão ou de rosca, ambos cobertos por âmbar;
- Escolha um colar que possui um nó entre cada conta. Dessa forma, caso ele se rompa, apenas uma das pedras cairá;
- Converse com o pediatra sobre o uso do acessório em bebês.
Alternativas para o colar de âmbar
Caso você ainda esteja com dúvidas e não queira arriscar o uso do colar no seu bebê, há excelentes alternativas que são bastante efetivas e podem contribuir para resolver alguns problemas que, geralmente, surgem no dia a dia das crianças.
Confira algumas formas que selecionamos para substituir o colar de âmbar:
- Para diminuir o desconforto durante o nascimento dos dentinhos, escolha um bom mordedor. Se preferir, coloque-o na geladeira por alguns instantes para aliviar a dor;
- Compre um massageador gengival ou faça você mesma a massagem com a ponta dos dedos;
- O leite materno, um pouco refrigerado, também pode aliviar a dor causada nos bebês durante o nascimento dos dentes. Mas consulte um pediatra antes de realizar a prática;
- A Shantala é uma forma excelente de acalmar o bebê, melhorar a qualidade do sono, fortalecer o sistema imunológico, diminuir cólicas, entre outros benefícios;
- Por si só, o leite materno já oferece tudo o que um bebê precisa para fortalecer o sistema imunológico. Então, foque na amamentação;
- Converse com um pediatra e opte por remédios totalmente naturais para tratar inflamações na garganta ou nos ouvidos.